Hipertrofia das Amígdalas e Adenóide

 

As tonsilas palatinas (amígdalas) e a tonsila faríngea são estruturas que auxiliam na defesa do organismo contra infecções, através da produção de anticorpos. As amígdalas estão situadas na orofaringe (garganta) e a tonsila faríngea localiza-se na rinofaringe (entre o nariz e a garganta).  Quando hipertróficas (aumentadas) podem causar obstrução da respiração nasal, levando o indivíduo a respirar pela boca e podendo trazer vários prejuízos para o indivíduo.

Adenóide é o nome dado à tonsila faríngea quando esta se encontra hipertrofiada. As amígdalas e adenóide obstrutivas são frequentes nas crianças, principalmente entre os 3 e 11 anos de idade. Os principais sintomas da hipertrofia das amígdalas e adenóide são o ronco noturno e a respiração oral (pela boca). A respiração crônica pela boca pode causar alterações no crescimento da face e predispor a inflamações frequentes da garganta. Além disso, a hipertrofia das amígdalas e adenóide pode causar a síndrome da apneia obstrutiva do sono, podendo trazer outros prejuízos para a criança, como: qualidade do sono ruim, déficit de atenção (com prejuízos na escola), hiperatividade, risco aumentado de doeças cardiovasculares entre outros. Outra doença frequentemente associada à adenóide obstrutiva é a otite serosa crônica, devido à obstrução da tuba auditiva (canal que comunica o ouvido médio com o nariz) pela tonsila faríngea, levando ao acúmulo de secreção dentro do ouvido médio e diminuição da audição.

As crianças que apresentam ronco e respiração pela boca devem sempre ser avaliadas por um médico otorrinolaringologista porque o tratamento precoce da hipertrofia das amígdalas e adenóide traz inúmeros benefícios para a criança, podendo evitar prejuízos que, às vezes, podem ser irreversíveis.

Após o diagnóstico correto, o tratamento é realizado com a cirurgia para ressecção das amígdalas e da adenóide. Estudos já comprovaram que a retirada dessas estruturas não traz maiores riscos de infecções para o indivíduo.